Empresas devem se adiantar, diz presidente do Carbon Disclosure Project (CDP)
As empresas que não medirem suas emissões de carbono correm o risco de perder suas vantagens competitivas e parecerem "que não sabem o que estão fazendo", disse o presidente do Carbon Disclosure Project (CDP). O CDP é uma ONG baseada em Londres, que tem a maior base mundial de dados corporativos sobre a mudança do clima.
Falando numa palestra sobre o carbono e o futuro da administração dos negócios, anteontem, Paul Simpson enviou uma forte mensagem a empresas que atualmente não medem suas pegadas de carbono - esta informação se tornará a norma na próxima década, e quem agir primeiro colherá os benefícios.
"Do ponto de vista dos negócios e dos investimentos, a mudança do clima é realmente a primeira revolução industrial já prevista", ele disse. "Sabemos que temos de mudar mas não sabemos quando, quão rápido e com quais tecnologias. As empresas que puderem prever isto serão os vencedores na nova economia. E as que não conseguirem entender serão as perdedoras".
Simpson reconheceu que algumas empresas enxergam o processo de prestar contas sobre suas emissões de carbono como uma carga adicional, mas ele alertou que investidores e o público estão cada vez mais exigindo que elas façam isto.
As empresas podem perder contratos por não ter metas de emissão e planos para cortar carbono, mas aquelas que tiverem serão mais populares junto a investidores, ele afirmou, de acordo com o Business Green.
"Em 2002 trabalhávamos com 35 investidores institucionais com ativos de U$ 4.5 trilhões. Hoje são mais de 500 investidores, com ativos de U$ 60 trilhões. Mais da metade do dinheiro investido no mundo está pedindo a companhias no qual investe que revelem este tipo de dados."
No ano passado, disse ele, 95% das empresas listadas entre as maiores pelo jornal Financial Times estavam medindo e reportando suas emissões de carbono. "Se você não fizer isto, há um risco competitivo real. Você vai ficar na posição de parecer não saber o que está fazendo?"
Equilíbrio nas três dimensões da sustentabilidade: Econômico, Social e Ambiental.
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